segunda-feira, 23 de junho de 2025

IPÊ-BRANCO (Handroanthus roseoalbus)


O ipê-branco, também conhecido como pau-d’arco ou ipê-do-cerrado, é famoso por sua floração branca ou levemente rosada que acontece entre agosto e outubro, período em que a árvore está totalmente sem folhas, criando um espetáculo único na paisagem do Cerrado e da Caatinga. Curiosamente, essa espécie pode florescer mais de uma vez ao ano, prolongando seu efeito ornamental nas áreas onde está presente.

Distribuição Geográfica:

Norte (Pará, Tocantins)

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

Domínios Fitogeográficos: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica


Espécie Nativa

Tipo de Vegetação:

Área Antrópica, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual

Suas características

O ipê-branco (Handroanthus roseo-albus) pertence à família Bignoniaceae e é uma árvore que varia de 5 a 25 metros de altura. Suas folhas medem entre 10 e 15 cm, possuem formato largo-elíptico a oval, com base arredondada. É uma espécie decídua, ou seja, perde suas folhas durante a estação seca como mecanismo de defesa para reduzir a perda de água. Cada flor tem curta duração, mas a árvore pode apresentar dois ou mais ciclos de floração no mesmo período, permanecendo florida por longos meses. Suas sementes possuem asas membranáceas, o que permite que permaneçam mais tempo no ar, garantindo uma dispersão mais ampla pelo vento. Apesar de toda sua beleza e importância ecológica, o ipê-branco sofre com a exploração ilegal de sua madeira, o que reforça a necessidade de práticas de manejo sustentável para sua conservação.

Em relação à origem e habitat, o ipê-branco é nativo do Brasil, mas também ocorre na Bolívia, Paraguai e Peru. É comumente encontrado em áreas abertas do Cerrado e da Caatinga, principalmente em solos secos, pedregosos, calcários e afloramentos rochosos. Na Caatinga nordestina, aparece de forma esparsa, enquanto em terrenos cascalhentos das margens do Pantanal Mato-grossense é mais frequente.

Usos do Ipê-branco

O ipê-branco possui múltiplos usos que vão além de sua função ornamental, sendo amplamente utilizado em paisagismo urbano para embelezar praças e avenidas com sua floração exuberante. Sua madeira é muito resistente e durável, sendo empregada na construção civil, na fabricação de mourões, pontes, assoalhos e bengalas, além de produzir carvão de excelente qualidade.

Na medicina tradicional, estudos indicam propriedades farmacológicas em seus compostos, com potencial para combater microrganismos patogênicos, o que reforça seu valor cultural e medicinal. Além disso, devido à sua alta capacidade de adaptação a solos pobres e pedregosos, tornou-se uma espécie essencial em programas de recuperação de áreas degradadas, conciliando benefícios ecológicos, paisagísticos e de preservação ambiental.

 

Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Tabebuia roseoalba. s.d. Disponível em: < https://l1nk.dev/3JzX4>. Acesso em: 01 jul. 2025.

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Tabebuia roseoalba. s.d. Disponível em: < https://acesse.one/3JzX4>. Acesso em: 01 jul. 2025.

APREMAVI. Ipê-branco: floração espetacular na Mata Atlântica. 29 fev. 2024. Disponível em: <https://apremavi.org.br/ipe-branco-floracao-espetacular-na-mata-atlantica/>. Acesso em: 01 jul. 2025.


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