O ipê-branco, também
conhecido como pau-d’arco ou ipê-do-cerrado, é famoso por sua floração branca
ou levemente rosada que acontece entre agosto e outubro, período em que a
árvore está totalmente sem folhas, criando um espetáculo único na paisagem do
Cerrado e da Caatinga. Curiosamente, essa espécie pode florescer mais de uma
vez ao ano, prolongando seu efeito ornamental nas áreas onde está presente.

Distribuição Geográfica:
Norte (Pará, Tocantins)
Nordeste (Alagoas, Bahia,
Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)
Centro-Oeste (Distrito Federal,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)
Sudeste (Espírito
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)
Domínios
Fitogeográficos: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
Espécie Nativa
Tipo de Vegetação:
Área Antrópica, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual
Suas características
O ipê-branco
(Handroanthus roseo-albus) pertence à família Bignoniaceae e é uma árvore que
varia de 5 a 25 metros de altura. Suas folhas medem entre 10 e 15 cm, possuem
formato largo-elíptico a oval, com base arredondada. É uma espécie decídua, ou
seja, perde suas folhas durante a estação seca como mecanismo de defesa para
reduzir a perda de água. Cada flor tem curta duração, mas a árvore pode
apresentar dois ou mais ciclos de floração no mesmo período, permanecendo
florida por longos meses. Suas sementes possuem asas membranáceas, o que
permite que permaneçam mais tempo no ar, garantindo uma dispersão mais ampla
pelo vento. Apesar de toda sua beleza e importância ecológica, o ipê-branco
sofre com a exploração ilegal de sua madeira, o que reforça a necessidade de
práticas de manejo sustentável para sua conservação.
Em relação à origem e habitat, o ipê-branco é nativo do Brasil, mas também ocorre na Bolívia, Paraguai e Peru. É comumente encontrado em áreas abertas do Cerrado e da Caatinga, principalmente em solos secos, pedregosos, calcários e afloramentos rochosos. Na Caatinga nordestina, aparece de forma esparsa, enquanto em terrenos cascalhentos das margens do Pantanal Mato-grossense é mais frequente.
Usos do Ipê-branco
O ipê-branco possui
múltiplos usos que vão além de sua função ornamental, sendo amplamente
utilizado em paisagismo urbano para embelezar praças e avenidas com sua
floração exuberante. Sua madeira é muito resistente e durável, sendo empregada
na construção civil, na fabricação de mourões, pontes, assoalhos e bengalas,
além de produzir carvão de excelente qualidade.
Na medicina tradicional,
estudos indicam propriedades farmacológicas em seus compostos, com potencial
para combater microrganismos patogênicos, o que reforça seu valor cultural e
medicinal. Além disso, devido à sua alta capacidade de adaptação a solos pobres
e pedregosos, tornou-se uma espécie essencial em programas de recuperação de
áreas degradadas, conciliando benefícios ecológicos, paisagísticos e de
preservação ambiental.
Referência:
FLORA
DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Tabebuia
roseoalba. s.d. Disponível em: < https://l1nk.dev/3JzX4>. Acesso em: 01
jul. 2025.
FLORA
DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Tabebuia
roseoalba. s.d. Disponível em: < https://acesse.one/3JzX4>. Acesso em: 01
jul. 2025.
APREMAVI.
Ipê-branco: floração espetacular na Mata Atlântica. 29 fev. 2024. Disponível
em:
<https://apremavi.org.br/ipe-branco-floracao-espetacular-na-mata-atlantica/>.
Acesso em: 01 jul. 2025.
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