A amendoeira-da-praia
(Terminalia catappa) é uma árvore presente em grande parte do litoral
brasileiro. Originária da Índia e Nova Guiné, foi introduzida no Brasil há
séculos, provavelmente trazida pelos colonizadores como lastro nos navios. Com
sua incrível resistência à salinidade, adaptação ao clima tropical e rápido
crescimento, a amendoeira se espalhou pelas regiões costeiras, sendo hoje uma
das árvores mais comuns em praias, ruas e praças do país.

Distribuição Geográfica:
Norte (Acre,
Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)
Nordeste (Alagoas,
Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte,
Sergipe)
Centro-Oeste (Distrito
Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)
Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio
de Janeiro, São Paulo)
Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)
Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica
Espécie exótica: Nativa da Malásia/Indonésia
Tipo de Vegetação: Área Antrópica
Suas características
A amendoeira-da-praia é
uma árvore de grande porte, podendo atingir até 35 metros de altura, com copa
ampla em camadas horizontais que proporcionam ótima sombra. Suas folhas são
grandes, coriáceas e elípticas, chegando a 35 cm de comprimento. Durante a
estação seca, elas adquirem tons avermelhados e amarelos antes de cair, criando
um visual marcante. Seus frutos são drupas ovais, comestíveis, popularmente
conhecidos como “amêndoas”.
Quando começou a ser
plantada no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, a amendoeira foi vista
como uma “árvore-sombra” ideal para ruas e avenidas. No entanto, suas raízes
agressivas podem danificar calçadas e tubulações, e sua grande quantidade de
folhas e frutos costuma entupir bueiros, gerando transtornos urbanos.
Além disso, por ser uma
espécie exótica, compete com a vegetação nativa, sendo considerada invasora em
algumas regiões, como na Mata Atlântica. Por esses motivos, desde 1994, seu
plantio em áreas públicas do Rio de Janeiro foi vetado, priorizando-se espécies
nativas para arborização urbana.
Usos da Castanhola
Suas sementes, chamadas
popularmente de “amêndoas”, são comestíveis, embora pouco consumidas no Brasil.
Em outros países tropicais, são utilizadas como alimento por seu sabor suave e
valor nutricional e em algumas localidades, as sementes são processadas para
extração de óleo com potencial para produção de biodiesel.
A madeira dessa espécie é
considerada de boa qualidade, com coloração avermelhada, resistente à água e
durável, sendo utilizada em países asiáticos na construção de canoas,
fabricação de móveis e pequenas estruturas.
Possui usos medicinais,
sendo que suas folhas e cascas são ricas em taninos e flavonoides, com
propriedades anti-inflamatórias, antidiarreicas e antioxidantes. Além disso, as
folhas secas são usadas no aquarismo para equilibrar o pH da água e atuam como
bactericidas naturais em aquários de peixes ornamentais
Referência:
REFLORA
– JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Castanhola. s.d.
Disponível em: <https://l1nk.dev/ffzJS>. Acesso em: 01 jul. 2025.
BIOVERT.
Curiosidades sobre amendoeira (Terminalia catappa). s.d. Disponível em: <https://l1nq.com/L1W0V>.
Acesso em: 01 jul. 2025.
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