sexta-feira, 20 de junho de 2025

CASTANHOLA (Terminalia catappa)


A amendoeira-da-praia (Terminalia catappa) é uma árvore presente em grande parte do litoral brasileiro. Originária da Índia e Nova Guiné, foi introduzida no Brasil há séculos, provavelmente trazida pelos colonizadores como lastro nos navios. Com sua incrível resistência à salinidade, adaptação ao clima tropical e rápido crescimento, a amendoeira se espalhou pelas regiões costeiras, sendo hoje uma das árvores mais comuns em praias, ruas e praças do país.


Distribuição Geográfica:

Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)

Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica


Espécie exótica: Nativa da Malásia/Indonésia

Tipo de Vegetação: Área Antrópica

Suas características

A amendoeira-da-praia é uma árvore de grande porte, podendo atingir até 35 metros de altura, com copa ampla em camadas horizontais que proporcionam ótima sombra. Suas folhas são grandes, coriáceas e elípticas, chegando a 35 cm de comprimento. Durante a estação seca, elas adquirem tons avermelhados e amarelos antes de cair, criando um visual marcante. Seus frutos são drupas ovais, comestíveis, popularmente conhecidos como “amêndoas”.

Quando começou a ser plantada no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, a amendoeira foi vista como uma “árvore-sombra” ideal para ruas e avenidas. No entanto, suas raízes agressivas podem danificar calçadas e tubulações, e sua grande quantidade de folhas e frutos costuma entupir bueiros, gerando transtornos urbanos.

Além disso, por ser uma espécie exótica, compete com a vegetação nativa, sendo considerada invasora em algumas regiões, como na Mata Atlântica. Por esses motivos, desde 1994, seu plantio em áreas públicas do Rio de Janeiro foi vetado, priorizando-se espécies nativas para arborização urbana.

Usos da Castanhola

Suas sementes, chamadas popularmente de “amêndoas”, são comestíveis, embora pouco consumidas no Brasil. Em outros países tropicais, são utilizadas como alimento por seu sabor suave e valor nutricional e em algumas localidades, as sementes são processadas para extração de óleo com potencial para produção de biodiesel.

A madeira dessa espécie é considerada de boa qualidade, com coloração avermelhada, resistente à água e durável, sendo utilizada em países asiáticos na construção de canoas, fabricação de móveis e pequenas estruturas.

Possui usos medicinais, sendo que suas folhas e cascas são ricas em taninos e flavonoides, com propriedades anti-inflamatórias, antidiarreicas e antioxidantes. Além disso, as folhas secas são usadas no aquarismo para equilibrar o pH da água e atuam como bactericidas naturais em aquários de peixes ornamentais

 

Referência:

REFLORA – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Castanhola. s.d. Disponível em: <https://l1nk.dev/ffzJS>. Acesso em: 01 jul. 2025.

BIOVERT. Curiosidades sobre amendoeira (Terminalia catappa). s.d. Disponível em: <https://l1nq.com/L1W0V>. Acesso em: 01 jul. 2025.

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