quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Umbuzeiro (Spondias tuberosa): Símbolo de Resistência do Semiárido

Conheça o Umbuzeiro

O Umbuzeiro, conhecido cientificamente como Spondias tuberosa, é uma das árvores mais emblemáticas do Semiárido brasileiro. Sua presença é sinônimo de resiliência, pois consegue prosperar em ambientes com longos períodos de estiagem, sendo uma verdadeira aliada do ecossistema local e das comunidades que dependem dele.


Características Principais

  • Nome popular: Umbuzeiro
  • Nome científico: Spondias tuberosa
  • Família: Anacardiaceae
  • Altura média: De 4 a 7 metros, podendo atingir até 9 metros em condições ideais.
  • Ciclo de vida: Perene.
  • Habitat: Predominantemente no Semiárido brasileiro, adaptada a solos arenosos e condições climáticas extremas.

Importância Ecológica e Cultural

Resistência à seca:

O Umbuzeiro é uma espécie adaptada à seca, graças à sua capacidade de armazenar água em suas raízes tuberosas. Ele desempenha um papel fundamental na manutenção do equilíbrio hídrico e ecológico do Semiárido.

Foto 01: Umbuzeiro de umbuzeiro - Período do verão
Foto: G7 Ambiental

O fruto do Umbu:
Os frutos, conhecidos como umbus, são ricos em vitamina C e amplamente utilizados na culinária regional, desde sucos e doces até geleias. Eles também servem de alimento para a fauna local, como pássaros e pequenos mamíferos.

Na cultura popular:
O Umbuzeiro é mencionado em poesias, músicas e narrativas sobre o Nordeste, simbolizando a relação de resistência e esperança das comunidades locais.


Curiosidades sobre o Umbuzeiro

  • O nome "umbu" vem do tupi-guarani e significa "árvore que dá de beber".
  • Em épocas de seca extrema, as raízes do Umbuzeiro podem ser cortadas para extrair água, servindo como recurso emergencial para os moradores da região.
  • A sombra do Umbuzeiro é famosa por ser fresca e convidativa, tornando-se um ponto de encontro natural em áreas rurais.

O Umbuzeiro no Colégio Sete e UniRios

O Umbuzeiro que você encontra em nosso campus é mais do que uma árvore. Ele é um lembrete da importância da preservação e do papel que cada espécie desempenha na sustentabilidade ambiental. Convidamos você a visitar a árvore, contemplar sua beleza e aprender mais sobre ela.

Foto 02: Espécie de Umbuzeiro - Período das chuvas

Foto: G7 Ambiental

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

UniRios e Colégio Sete conquistam o Selo ODS Educação 2024


O UniRios e o Colégio Sete de Setembro, localizados em Paulo Afonso-BA, estão entre as 74 instituições brasileiras certificadas com o Selo ODS Educação 2024.

Essa tecnologia social destaca boas práticas e soluções sustentáveis implementadas por instituições de ensino, alinhadas à Agenda 2030 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O selo incentiva as instituições a internalizar esses objetivos globais em suas ações de gestão, ensino, pesquisa e extensão, ampliando o impacto das instituições em suas respectivas comunidades, nesse sentido o Grupo Sete apresentou iniciativas que promovem os ODS, envolvendo a comunidade acadêmica em projetos e ações voltadas para a sustentabilidade e o desenvolvimento local, entre os projetos apresentados e aprovados para a certificação, estão:

1º Abraços que Geram EsperançaInclusão, serviços de saúde e empreendedorismo;

2º Arteterapia e Cuidado EmocionalApoio psicológico e fortalecimento de vidas;

3º Brincando de SorrirSaúde bucal para pacientes especiais;

4º De Mãos Dadas com o SaneamentoColeta seletiva escolar;

5º Drive-Thru da Reciclagem
: Gestão sustentável de resíduos.

6º Harmonizando SaúdeHorticultura terapêutica;

7º Sangue Solidário: Mobilização para doação de sangue;

8º Vem de Bike: Mobilidade sustentável e turismo noturno.

Foto 01: Atendimento odontológico (Abraços que Geram Esperança)
Fonte: Grupo Sete (2024)


Foto 02: Doação de sangue (Sangue solidário: Uma gotinha de esperança)
Fonte: Grupo Sete (2024)


                                          Foto 03: Turismo noturno solidário (Vem de Bike)
Fonte: Grupo Sete (2024)

As iniciativas realizadas impactaram diretamente os seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU:

  • ODS 2: Fome Zero e Agricultura Sustentável;

  • ODS 3: Saúde e Bem-Estar;

  • ODS 4: Educação de Qualidade;

  • ODS 5: Igualdade de Gênero;

  • ODS 10: Redução das Desigualdades;

  • ODS 12: Consumo e Produção Responsáveis;

  • ODS 13: Ação Contra a Mudança Global do Clima;

  • ODS 17: Parcerias e Meios de Implementação.

Essa certificação não é apenas um reconhecimento, mas também uma responsabilidade de continuar promovendo transformações positivas, e inspirando outras instituições de ensino da região, mostrando que é possível aliar educação de qualidade com ações concretas que impactem o meio ambiente e a sociedade.

Parabéns aos grandes protagonistas dessa conquista: os professores, alunos e colaboradores do administrativo do Grupo Sete, que, com dedicação e empenho, transformaram essa certificação em realidade. Essa vitória é o reflexo do compromisso e da excelência de todos os envolvidos.

Nossa gratidão também se estende às empresas parceiras (Embasa, Pinhão Roxo, Arpa, Hemoba, Secretaria Municipal de Educação, e Cicloteo), assim como às Ligas acadêmicas LACIF, LAFIN, LAGO, LAHEM, LAPSI e LAUENF do UniRios, que desempenharam papéis fundamentais nas atividades enumeradas acima.

Este é apenas o começo de uma jornada que promete continuar inspirando e mobilizando a comunidade acadêmica e a sociedade em geral para alcançar as metas globais da Agenda 2030.



A cerimônia nacional de certificação será realizada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, dia 20/03/2025.

domingo, 18 de agosto de 2024

Dia Nacional do Ciclista: reflexão, conscientização e inspiração

Origem e significado da data

O dia 19 de agosto foi escolhido em memória de Pedro Davison (ciclista e biólogo que faleceu em 2006 após ser atropelado por um motorista embriagado em Brasília-DF), cuja morte trouxe à tona a discussão sobre a vulnerabilidade dos ciclistas no trânsito brasileiro. O caso ganhou repercussão e mobilizou pessoas e movimentos em todo o Brasil. A data é um marco para reforçar a importância de um trânsito mais seguro e a necessidade de respeito e convivência harmônica entre motoristas, ciclistas e pedestres.

"Lulu vai de bike": Uma inspiração para todos

A história de Pedro Davison também inspirou a criação de um curta-metragem intitulado "Lulu Vai de Bike", filmado em 2018. O filme é protagonizado por Luiza Davison, filha de Pedro, que percorre as quadras de Brasília falando sobre os cuidados que todos devem ter no trânsito. A obra, inicialmente apresentada em festivais, agora está disponível na plataforma de vídeo Vimeo. "Lulu Vai de Bike" não apenas inspira os espectadores a verem a bicicleta como um meio de transporte viável e libertador, mas também destaca a importância de criar ambientes urbanos mais acolhedores e seguros para todos os ciclistas.


Importância e desafios

O Dia Nacional do Ciclista nos lembra dos desafios enfrentados por quem opta pela bicicleta, como a falta de infraestrutura adequada, a convivência no trânsito, e a necessidade de políticas públicas que incentivem o uso da bike. Esse dia é uma oportunidade para:

  • Refletir sobre as dificuldades enfrentadas pelos ciclistas nas cidades brasileiras, muitas vezes sem ciclovias e ciclofaixas seguras.
  • Conscientizar sobre a importância de respeitar a distância mínima de 1,5 metros ao ultrapassar ciclistas, promovendo um trânsito mais seguro para todos.
  • Incentivar políticas públicas que melhorem a infraestrutura urbana, tornando o uso da bicicleta mais seguro e atrativo.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

O Dia da Sobrecarga da Terra




O Dia da Sobrecarga da Terra marca a data em que a demanda da humanidade por recursos naturais supera a capacidade do planeta de regenerá-los naquele ano. É como se a humanidade tivesse um "cheque especial" com a natureza, e nesse dia, esse cheque estivesse no limite.

Em outras palavras, é o dia em que a humanidade esgota os recursos naturais que o planeta pode renovar em um ano.

Como é calculado?

A data do Dia da Sobrecarga da Terra é calculada pela Global Footprint Network, uma organização internacional de pesquisa, que leva em consideração diversos fatores, como:

  • Pegada Ecológica da Humanidade: É a medida da demanda da humanidade por recursos naturais, como terras cultiváveis, pastagens, florestas e áreas de pesca, expressa em hectares globais.
  • Biocapacidade da Terra: É a capacidade do planeta de produzir recursos biológicos renováveis e absorver resíduos, como o dióxido de carbono.
  • (Biocapacidade da Terra / Pegada Ecológica da Humanidade) x 365 dias = Dia da Sobrecarga da Terra
  • Se o resultado for menor que 365: Significa que a humanidade está consumindo recursos mais rápido do que a Terra pode regenerar, ou seja, estamos vivendo além dos nossos meios.
  • Se o resultado for maior que 365: Significa que a humanidade está consumindo menos recursos do que a Terra pode regenerar, o que é um cenário ideal.
Por que o Dia da Sobrecarga da Terra é importante?
  • Conscientização: Ele serve como um alerta sobre o impacto de nossas ações no planeta.
  • Mobilização: Incentiva a busca por soluções para reduzir nossa pegada ecológica.
  • Mudança de hábitos: Estimula a adoção de práticas mais sustentáveis no dia a dia.

O que podemos fazer?

  • Reduzir o consumo: Consumir de forma mais consciente, evitando o desperdício e optando por produtos sustentáveis.
  • Adotar fontes de energia renováveis: Investir em energia solar, eólica e outras fontes limpas.
  • Preservar a natureza: Proteger as florestas, os oceanos e a biodiversidade.
  • Apoiar políticas públicas sustentáveis: Cobrar dos governantes ações para promover a sustentabilidade.

Em resumo, o Dia da Sobrecarga da Terra é um indicador importante da saúde do nosso planeta. Ao entender como ele é calculado e quais são as suas implicações, podemos tomar medidas para construir um futuro mais sustentável para todos. 

domingo, 21 de abril de 2024

Planeta vs Plástico - Por mais educação ambiental

O "Planeta vs. Plástico" é um movimento global que visa combater a poluição por plástico e seus impactos devastadores no meio ambiente. Lançado em 2018 pelo Dia da Terra, o movimento reúne indivíduos, empresas, governos e organizações em torno de um objetivo comum: reduzir drasticamente a produção e o uso de plástico descartável até 2030.

Por que o plástico é um problema?

O plástico é um material durável e versátil, com diversas aplicações em nosso dia a dia. No entanto, sua persistência no meio ambiente é um grande problema. O plástico pode levar centenas ou até milhares de anos para se decompor, fragmentando-se em pedaços menores conhecidos como microplásticos.

Esses microplásticos contaminam o solo, a água e o ar, prejudicando a vida marinha e terrestre, entrando na cadeia alimentar e até mesmo afetando a saúde humana. Além disso, a produção de plástico gera emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global.

O que o movimento "Planeta vs. Plástico" propõe?

O movimento "Planeta vs. Plástico" defende uma série de medidas para reduzir a poluição por plástico, incluindo:

  • Redução do uso de plástico descartável: Substituir produtos plásticos descartáveis por alternativas reutilizáveis, como sacolas de pano, garrafas de água e recipientes de comida.
  • Melhoria da reciclagem: Investir em infraestrutura e tecnologias para aumentar as taxas de reciclagem de plástico.
  • Desenvolvimento de alternativas ao plástico: Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de materiais biodegradáveis ​​ou compostáveis ​​que substituam o plástico.
  • Educação e conscientização: Promover campanhas de educação ambiental para conscientizar o público sobre os problemas do plástico e incentivar mudanças de comportamento.
  • Responsabilidade das empresas: Cobrar das empresas que assumam a responsabilidade pela produção e pelo descarte do plástico que utilizam.

O que você pode fazer para ajudar?

Cada um de nós pode fazer a diferença na luta contra a poluição por plástico. Aqui estão algumas dicas:

  • Reduza seu consumo de plástico descartável: Leve sua própria sacola de compras, use garrafas de água reutilizáveis ​​e evite produtos embalados em plástico.
  • Recicle o plástico: Separe o lixo reciclável e descarte-o corretamente.
  • Apoie empresas sustentáveis: Escolha produtos de empresas que se comprometem com a redução do uso de plástico.
  • Participe de ações de conscientização: Espalhe a palavra sobre o problema do plástico e incentive seus amigos e familiares a fazerem a sua parte.
  • Exija ações dos governantes: Cobrar dos governantes políticas públicas que combatam a poluição por plástico.

Juntos, podemos construir um futuro com menos plástico e mais planeta!

Recursos adicionais:

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Impacto das chuvas em janeiro e fevereiro de 2024 em Paulo Afonso-BA: Desafios e oportunidades

As chuvas generosas que abençoaram a região de Paulo Afonso apresentaram um duplo cenário de desafios e oportunidades, conforme análise aprofundada sobre o volume acumulado em janeiro e fevereiro de 2024, evidenciando não apenas os benefícios, mas também os desafios enfrentados pelas comunidades.

Para compreender plenamente o impacto das chuvas, é essencial analisar a distribuição do acumulado nos diversos povoados e da área urbana de Paulo Afonso-BA, seguindo os dados da Rede de Monitoramento Pluviométrico.

Nos dois meses iniciais de 2024 os registros pluviométricos apresentaram uma variação significativa entre as localidades monitoradas, conforme distribuição do acumulado de chuvas (janeiro e fevereiro) abaixo:

•          Várzea: 475 mm

•          Juá: 382 mm

          BTN 2: 353 mm

•          Centro/UniRios: 352 mm

          Matinha: 301 mm

•          Baixa do Boi: 277 mm

•          Sítio do Tará: 233 mm


Comparativo com 2023 - Área Urbana (Centro/UniRios)

O acumulado de chuvas na área urbana de Paulo Afonso, especificamente no Centro/UniRios, atingiu 352 mm nos primeiros dois meses de 2024. Essa marca representa um aumento notável em relação ao acumulado de 2023, quando o total anual foi de 294 mm. Em termos percentuais, o volume de chuvas em 2024 superou o ano anterior em aproximadamente 20%, destacando a intensidade excepcional das precipitações em dois meses deste ano.

Impactos positivos:

A distribuição variada do acumulado de chuvas possibilita ao setor agrícola melhorias na produtividade e qualidade das colheitas. Além disso, as chuvas contribuíram significativamente para o reabastecimento dos níveis de água das barragens locais, essenciais para a dessedentação animal, e outros usos pelos agricultores e pecuaristas.

Desafios enfrentados:

Contudo, o volume substancial de chuvas trouxe consigo desafios consideráveis. As estradas vicinais foram interrompidas, prejudicando a mobilidade em áreas rurais. Enchentes ocasionais também afetaram algumas regiões, exigindo respostas rápidas e coordenadas das autoridades locais. 


Impactos em localidades sem o monitoramento pluviométrico:

O alcance das chuvas não se limitou às áreas monitoradas, como os povoados Barriga, Bogó, Baixa Verde, Sítio do Lúcio, Campos Novos, Nambebé, Arrastapé, entre outros.

Nessas localidades, não cobertas pela rede de monitoramento, as chuvas provocaram inundações em casas e fazendas, resultando em perdas materiais significativas. Além disso, as estradas que ligam esses povoados ao centro de Paulo Afonso foram bloqueadas, isolando essas comunidades e demandando ações emergenciais para a restauração da infraestrutura viária.

Foto: Ivelize Gomes

Contribuição inestimável da rede de monitoramento

A Rede de Monitoramento Pluviométrico, composta por voluntários da área rural e pelo G7 Ambiental no UniRios e no BTN 2, desempenha um papel fundamental na coleta precisa desses dados, fornecendo informações cruciais para a tomada de decisões na comunidade.

Gestão hídrica consciente:

Enquanto celebra os benefícios das chuvas, a comunidade mantém um enfoque consciente na gestão hídrica e na prevenção de inundações. As autoridades locais utilizam os dados detalhados para implementar estratégias equilibradas e adaptativas, buscando minimizar os impactos negativos em todas as localidades.

Nesse sentido os volumes substanciais de chuvas nos primeiros meses de 2024 em Paulo Afonso não apenas transformam a paisagem, mas também destacam a importância do monitoramento contínuo para uma gestão eficiente e sustentável dos recursos hídricos.

@g7ambiental