segunda-feira, 23 de junho de 2025

GOIABEIRA (Psidium guajava)


A goiabeira é uma árvore bastante conhecida e apreciada no Brasil, especialmente pelo seu fruto saboroso e nutritivo: a goiaba. Uma curiosidade interessante é que a goiabeira também pode ser considerada uma planta invasora em áreas de pastagem, pois seus frutos são consumidos por animais silvestres e pelo gado, que acabam espalhando as sementes pelo pasto, facilitando o crescimento espontâneo da planta, sem contar alguns desafios na sua podação para alguns produtores rurais pois essa espécie possui uma grande capacidade de rebrotação, ou seja, mesmo após a poda ou corte, ela pode crescer novamente a partir das raízes e gemas do caule.

Distribuição Geográfica:

Norte (Acre, Amazonas)

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Sergipe)

Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)


Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa

Espécie Nativa

Suas características

A goiabeira (Psidium guajava L.), pertencente à família Myrtaceae, é uma árvore de pequeno a médio porte, que pode atingir até 10 metros de altura, mas normalmente é de pequeno porte, com casca fina que se descama, o que lhe dá um visual característico. Apresenta folhas simples, opostas e de textura ligeiramente rugosa, além de flores brancas que florescem tipicamente entre os meses de dezembro e março. Seus frutos, as goiabas, são reconhecidos pelo elevado valor nutricional, especialmente pelo alto teor de vitamina C.

A espécie destaca-se pela sua robustez e adaptabilidade, evidenciada pela capacidade de rebrotação a partir de gemas localizadas no caule e raízes, característica que contribui para sua persistência em diversos ambientes, especialmente em pastagens onde compete com gramíneas, impactando a qualidade do campo para a pecuária. A disseminação natural ocorre principalmente por meio da dispersão das sementes via fauna, tanto silvestre quanto doméstica, o que favorece sua expansão em áreas naturais e produtivas.

Usos da Goiabeira

A goiabeira é amplamente cultivada devido ao seu fruto, que possui grande valor nutricional e é utilizado na alimentação humana em diversas formas, como consumo in natura, sucos, geleias, doces e outros produtos derivados. O fruto é rico em vitamina C, fibras e antioxidantes, sendo reconhecido por seus benefícios à saúde.

Além do uso alimentar, a espécie possui aplicações na fitoterapia popular, onde as folhas são utilizadas para o preparo de chás destinados ao tratamento de distúrbios digestivos e inflamações. Pesquisas científicas corroboram algumas dessas propriedades medicinais, o que aumenta o interesse pela planta em estudos farmacológicos. No paisagismo, a goiabeira também é cultivada pela beleza de suas flores e frutos, sendo uma opção para quintais e hortas domésticas.

 

Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Psidium guajava. s.d. Disponível em: <https://l1nk.dev/ETP2N>. Acesso em: 04 jul. 2025.

ANDRADE, C. M. S. de; ZANINETTI, R. A.; FERREIRA, A. S. Goiabeira (*Psidium guajava*). In: *Manejo de plantas daninhas em pastagens da Amazônia*. Embrapa Acre, 2015. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1029524/1/25801.pdf>. Acesso em: 04 jul. 2025.

ACEROLA (Malpighia emarginata)


A Malpighia emarginata, conhecida popularmente como acerola ou aceroleira, é uma fruta que se tornou parte do dia a dia dos brasileiros, mas sua origem está longe daqui. Natural das Ilhas do Caribe, América Central e Norte da América do Sul, a acerola foi introduzida no Brasil em 1955, no estado de Pernambuco, a partir de sementes vindas de Porto Rico. No início, não havia intenção de cultivo comercial, mas com o tempo, graças à descoberta do seu alto teor de vitamina C, ela passou a ser cultivada em larga escala.

Hoje, o Brasil é referência mundial na produção de acerola, principalmente na região Nordeste, onde o clima e o solo favorecem a frutificação durante quase todo o ano.

Distribuição Geográfica:

Norte (Acre)
Nordeste (Bahia, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí)
Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo)
Sul (Paraná)

Espécie exótica: Nativa do Caribe

Tipo de Vegetação:

Área Antrópica 


Suas características

A aceroleira é uma planta de clima tropical, preferindo temperaturas médias de 26 ºC e chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Trata-se de um arbusto ou pequena árvore, que produz frutos pequenos, arredondados e avermelhados, com polpa suculenta e sabor levemente ácido.

Essa planta se adapta bem a diferentes tipos de solos, mas desenvolve-se melhor em regiões com boa drenagem e fertilidade equilibrada.



Usos da Acerola

A acerola é considerada um verdadeiro tesouro nutricional. Rica em vitamina C, ela fortalece o sistema imunológico, ajuda na prevenção de gripes e resfriados e contribui para a absorção de ferro no organismo, sendo uma fruta funcional muito valorizada. Na alimentação, é consumida in natura, mas também é amplamente utilizada na indústria de alimentos para produção de sucos, polpas congeladas, doces, geleias e sorvetes.

Seu potencial não se limita à alimentação; devido à alta concentração de antioxidantes, a acerola também é usada pela indústria cosmética, principalmente em produtos voltados para o cuidado da pele e prevenção do envelhecimento precoce. Além de tudo isso, seu cultivo gera inúmeros empregos, principalmente no período de safra, sendo fonte de renda para pequenos e médios produtores rurais e fortalecendo a economia de diversas regiões brasileiras.

 

Referência:

REFLORA – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Acerola. s.d. Disponível em: <https://acesse.one/1bFLz>. Acesso em: 04 jul. 2025.

SOUZA, A. M. F. de; BONFIM, I. M.; PONTE, K. M. A.; BARBOSA, I. V.; SOUZA, F. D. C.; OLIVEIRA, T. F. Cultivares de Malpighia emarginata DC. nos Tabuleiros Litorâneos, Piauí, Brasil. *Contribuciones a las Ciencias Sociales*, v. 17, n. 2, p. 325–334, 2024. Disponível em: <https://ojs.revistacontribuciones.com/ojs/index.php/clcs/article/view/2893>. Acesso em: 04 jul. 2025. DOI: https://doi.org/10.55905/revconv.17n.2-325.

IPÊ-ROSA (Handroanthus heptaphyllus)


O Handroanthus heptaphyllus, popularmente conhecido como ipê-rosa ou ipê-roxo, é uma das espécies arbóreas mais emblemáticas da flora sul-americana. Sua floração, que ocorre antes do surgimento das folhas, proporciona um espetáculo visual que ilumina as paisagens durante o fim do inverno e início da primavera em tons que variam do rosa intenso ao quase branco. O ipê-rosa possui um mecanismo de dispersão com sementes aladas que se espalham pelo vento por grandes distâncias, garantindo a propagação da espécie em vários tipos de ambientes, do cerrado à mata atlântica.

Distribuição Geográfica:

Nordeste (Bahia, Ceará, Pernambuco)

Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)

Domínios Fitogeográficos: Cerrado, Mata Atlântica, Pampa

Espécie Nativa


Tipo de Vegetação:

Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)

Suas características

O ipê-rosa é uma árvore de porte médio a grande, podendo atingir entre 10 e 30 metros de altura, com tronco robusto e casca grossa e fissurada. Suas folhas são compostas por 5 a 7 folíolos elípticos com margem serrilhada, de um verde intenso que contrasta com o tom vibrante das flores.

A floração ocorre geralmente entre junho e agosto, variando conforme a região, com flores que vão do rosa forte a tons mais claros, quase brancos. Além da beleza, essas flores são verdadeiros atrativos para polinizadores, como abelhas, borboletas e beija-flores, contribuindo para a biodiversidade local. É uma espécie que prefere solos profundos, férteis e bem drenados, e é bastante resistente à seca após o estabelecimento. 

Usos do Ipê-rosa

Na arborização urbana e paisagismo, o ipê-rosa é uma escolha frequente para parques, avenidas e jardins, graças ao seu impacto visual e à sombra que oferece. Seu cultivo é relativamente simples, com sementes que germinam rapidamente, desde que plantadas logo após a colheita, em locais com bastante luz solar e solo bem drenado.

Além de sua função ornamental em projetos de arborização urbana, parques e áreas verdes, o ipê-rosa é reconhecido pela qualidade superior de sua madeira. Esta possui alta densidade, resistência e durabilidade, sendo amplamente empregada na construção civil, mobiliário, pisos, decks e até em trabalhos náuticos.

Além disso, na medicina popular, partes da árvore, como a casca e folhas, são usadas para o tratamento de diversas condições, incluindo inflamações e gripes.


Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos. s.d. Disponível em: <https://l1nk.dev/gk2AD>. Acesso em: 01 jul. 2025.

JARDIM COR. Handroanthus heptaphyllus. 19 set. 2024. Disponível em: <https://www.jardimcor.com/catalogo-de-especies/handroanthus-heptaphyllus/>. Acesso em: 04 jul. 2025.

IPÊ-BRANCO (Handroanthus roseoalbus)


O ipê-branco, também conhecido como pau-d’arco ou ipê-do-cerrado, é famoso por sua floração branca ou levemente rosada que acontece entre agosto e outubro, período em que a árvore está totalmente sem folhas, criando um espetáculo único na paisagem do Cerrado e da Caatinga. Curiosamente, essa espécie pode florescer mais de uma vez ao ano, prolongando seu efeito ornamental nas áreas onde está presente.

Distribuição Geográfica:

Norte (Pará, Tocantins)

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

Domínios Fitogeográficos: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica


Espécie Nativa

Tipo de Vegetação:

Área Antrópica, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual

Suas características

O ipê-branco (Handroanthus roseo-albus) pertence à família Bignoniaceae e é uma árvore que varia de 5 a 25 metros de altura. Suas folhas medem entre 10 e 15 cm, possuem formato largo-elíptico a oval, com base arredondada. É uma espécie decídua, ou seja, perde suas folhas durante a estação seca como mecanismo de defesa para reduzir a perda de água. Cada flor tem curta duração, mas a árvore pode apresentar dois ou mais ciclos de floração no mesmo período, permanecendo florida por longos meses. Suas sementes possuem asas membranáceas, o que permite que permaneçam mais tempo no ar, garantindo uma dispersão mais ampla pelo vento. Apesar de toda sua beleza e importância ecológica, o ipê-branco sofre com a exploração ilegal de sua madeira, o que reforça a necessidade de práticas de manejo sustentável para sua conservação.

Em relação à origem e habitat, o ipê-branco é nativo do Brasil, mas também ocorre na Bolívia, Paraguai e Peru. É comumente encontrado em áreas abertas do Cerrado e da Caatinga, principalmente em solos secos, pedregosos, calcários e afloramentos rochosos. Na Caatinga nordestina, aparece de forma esparsa, enquanto em terrenos cascalhentos das margens do Pantanal Mato-grossense é mais frequente.

Usos do Ipê-branco

O ipê-branco possui múltiplos usos que vão além de sua função ornamental, sendo amplamente utilizado em paisagismo urbano para embelezar praças e avenidas com sua floração exuberante. Sua madeira é muito resistente e durável, sendo empregada na construção civil, na fabricação de mourões, pontes, assoalhos e bengalas, além de produzir carvão de excelente qualidade.

Na medicina tradicional, estudos indicam propriedades farmacológicas em seus compostos, com potencial para combater microrganismos patogênicos, o que reforça seu valor cultural e medicinal. Além disso, devido à sua alta capacidade de adaptação a solos pobres e pedregosos, tornou-se uma espécie essencial em programas de recuperação de áreas degradadas, conciliando benefícios ecológicos, paisagísticos e de preservação ambiental.

 

Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Tabebuia roseoalba. s.d. Disponível em: < https://l1nk.dev/3JzX4>. Acesso em: 01 jul. 2025.

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Tabebuia roseoalba. s.d. Disponível em: < https://acesse.one/3JzX4>. Acesso em: 01 jul. 2025.

APREMAVI. Ipê-branco: floração espetacular na Mata Atlântica. 29 fev. 2024. Disponível em: <https://apremavi.org.br/ipe-branco-floracao-espetacular-na-mata-atlantica/>. Acesso em: 01 jul. 2025.


IPÊ-AMARELO (Handroanthus chrysotrichus)


O Handroanthus chrysotrichus, conhecido popularmente como ipê-amarelo, é uma das espécies arbóreas mais representativas do Brasil. Sua floração intensa e amarela transforma ruas, avenidas e áreas naturais em verdadeiros espetáculos visuais, sendo amplamente utilizado em projetos paisagísticos urbanos.

Seu nome científico tem origem grega e significa “cabelos dourados”. Isso porque chryso vem de “ouro” e trichus de “cabelos”, em referência aos seus pelos dourados presentes em suas estruturas jovens.
Um aspecto biológico interessante é sua capacidade de apresentar poliembrionia, ou seja, mais de um embrião por semente, algumas chegam a gerar até cinco mudas por semente germinada. Além disso, suas flores são importantes recursos para polinizadores como abelhas nativas (Trigona spinipes) e beija-flores, reforçando sua relevância ecológica. Em países de língua inglesa, é conhecido como trumpet tree, em referência ao formato campanulado de suas flores.

Distribuição Geográfica:

Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco)

Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)

Domínios Fitogeográficos: Cerrado, Mata Atlântica, Pampa

Espécie Nativa



Tipo de Vegetação:

Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos

Suas características

O ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus) é uma árvore decídua, que pode alcançar até 35 metros de altura e 1,30 metros de diâmetro, embora geralmente seja menor em ambientes urbanos. Possui tronco tortuoso, com casca acinzentada, fissurada e descamante, além de folhas compostas digitadas, com 3 a 7 folíolos cobertos por pelos dourados em ambas as faces. Suas flores amarelo-ouro aparecem em grande quantidade, principalmente entre agosto e novembro, formando paisagens de beleza única.

O fruto é uma cápsula alongada, de onde se dispersam sementes aladas pelo vento.
Essa espécie é heliófila, ou seja, precisa de bastante luz para crescer, tem crescimento lento, madeira muito densa e resistente, além de tolerar baixas temperaturas. Por suas características, é muito utilizada em reflorestamentos, arborização urbana e projetos paisagísticos.

Usos do Ipê-amarelo

Sua madeira, considerada muito dura, densa e resistente, é utilizada na construção civil, carpintaria, marcenaria, fabricação de móveis, vigamentos, postes, cabos de ferramentas e até mastros de barcaça. Além disso, produz carvão de excelente qualidade.

Na medicina popular, a casca é utilizada em gargarejos para tratar inflamações bucais, por possuir propriedades adstringentes. Também é fonte de corante para tingir tecidos como seda e algodão.

No campo ambiental, o ipê-amarelo é recomendado para recuperação de áreas degradadas e restauração de matas ciliares, pois sua presença fortalece a biodiversidade local. Já no paisagismo, encanta ruas, praças e jardins com sua floração vibrante, sendo amplamente plantado em vias públicas e áreas verdes, agregando beleza, biodiversidade e identidade aos espaços urbanos.

 

Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Handroanthus chrysotrichus. s.d. Disponível em: <https://l1nk.dev/clzhD>. Acesso em: 01 jul. 2025.

EMBRAPA. Espécies arbóreas brasileiras. Vol. 2 – Referências. 2016. Disponível em: <https://www.embrapa.br/documents/1355099/54244086/Especies+Arb%C3%B3reas+Brasileiras+vol+2+-+Refer%C3%AAncias/f315b885-37f0-cf24-8863-57b256d1bea8>. Acesso em: 01 jul. 2025.

IPÊ-ROXO (Handroanthus impetiginosus)


O ipê-roxo é uma das espécies arbóreas mais representativas da flora brasileira e da América do Sul, reconhecida pela intensa e vistosa florada em tons de roxo e rosa, na qual apresenta capacidade de florescer mesmo em períodos de estiagem, evidencia sua adaptação a climas variados, incluindo ecossistemas como o cerrado e a caatinga.

Além do seu valor estético, o ipê-roxo possui madeira de alta qualidade, apreciada pela resistência e durabilidade, amplamente utilizada na construção civil e na fabricação de mobiliário. Suas flores desempenham papel ecológico importante, atraindo polinizadores como beija-flores e abelhas, contribuindo para a manutenção dos ciclos naturais.

Distribuição Geográfica:

Norte (Acre, Pará, Rondônia, Tocantins)

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal


Espécie Nativa

Tipo de Vegetação:

Área Antrópica, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Savana Amazônica, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos

Suas características

Trata-se de uma árvore de porte médio a grande, com altura variando entre 8 e 30 metros, tronco retilíneo e copa arredondada, que proporciona sombra significativa. Suas folhas são compostas por cinco folíolos desiguais, de formato digitado, conferindo-lhe um aspecto elegante e característico.

Suas flores se destacam são por sua corola róseo-violácea e uma garganta amarelada, florescendo em cachos que formam uma copa vibrante. Os frutos são cápsulas lineares com sementes aladas que se espalham facilmente pelo vento, facilitando a reprodução da espécie. O ipê-roxo ocorre em diversos tipos de vegetação, como florestas pluviais, cerradões, matas semidecíduas e áreas de caatinga, demonstrando grande versatilidade ecológica.

Usos do Ipê-roxo

A espécie é amplamente empregada em projetos de paisagismo e arborização urbana devido à sua exuberante florada e resistência ambiental. Sua raiz superficial minimiza danos a infraestruturas urbanas, tornando-o adequado para plantios em parques, avenidas e canteiros centrais. Recomenda-se evitar o plantio próximo a piscinas ou reservatórios de água, devido à queda de folhas e flores que podem dificultar a manutenção desses ambientes.

A madeira do ipê-roxo possui alta densidade e durabilidade, sendo utilizada em estruturas de construção civil, mobiliário, esculturas e objetos decorativos, valorizada pela qualidade e resistência.

Na medicina tradicional, partes da planta são utilizadas para tratamentos populares, principalmente relacionados a distúrbios respiratórios e febres, embora sua utilização deva ser orientada por profissionais da saúde.

 

Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Handroanthus impetiginosus. s.d. Disponível em: <https://acesse.one/K6OW4>. Acesso em: 01 jul. 2025.

EMBRAPA. Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos: características e usos. 2017. Disponível em: <https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1073569/1/regio-centro-oeste-26-07-20171-985-992.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2025.

PEREIRO (Aspidosperma pyrifolium)


O pereiro (Aspidosperma pyrifolium), é uma árvore típica do bioma Caatinga, conhecida como um símbolo de resistência no sertão nordestino. Durante os períodos de seca intensa, quando muitas espécies perdem totalmente sua vitalidade, o pereiro permanece firme, sendo utilizado como ponto de referência em estradas de terra e áreas abertas. Popularmente, também recebe nomes como peroba-rosa ou guatambu-rosa, devido à coloração rosada presente na camada interna de sua madeira, bastante valorizada na marcenaria tradicional.

Além disso, suas flores possuem um perfume agradável que atrai mariposas noturnas, importantes polinizadoras que ajudam a manter o equilíbrio ecológico do ambiente. Apesar de sua madeira ser bastante valorizada pela resistência e durabilidade, o pereiro também possui compostos químicos com potencial medicinal, incluindo propriedades antitumorais, embora seja necessário cuidado, pois algumas partes da planta podem ser tóxicas.

Distribuição Geográfica:

Norte (Tocantins)

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Minas Gerais)

Domínios Fitogeográficos: Caatinga, Cerrado


Espécie Nativa

Tipo de Vegetação:

Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu), Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos

Suas características

A Aspidosperma pyrifolium é uma árvore de porte médio, atingindo geralmente entre 7 e 25 metros de altura. Seu tronco é retilíneo e robusto, revestido por uma casca espessa que apresenta coloração cinza na superfície externa e um tom rosado na camada interna. As folhas são simples, alternadas e possuem formato oval a elíptico, coriáceas com sabor amargo. Seus frutos são lenhosos, em forma de gota achatada, de cor castanho-clara, que se abrem em duas bandas para liberar sementes planas e membranosas, ideais para dispersão pelo vento. A árvore é decídua, perdendo suas folhas na estação seca, e floresce normalmente entre os meses de outubro e novembro.

As flores são pequenas, agrupadas em cimeiras terminais, de coloração branco-amarelada, que possuem um perfume agradável que atrai mariposas noturnas, importantes polinizadoras que ajudam a manter o equilíbrio ecológico do ambiente. Além de sua madeira ser bastante valorizada pela resistência e durabilidade, o pereiro também possui compostos químicos com potencial medicinal, incluindo propriedades antitumorais, embora seja necessário cuidado, pois algumas partes da planta podem ser tóxicas.

Usos do Pereiro

A madeira do pereiro é bastante valorizada devido à sua resistência, textura fina e facilidade de trabalho, sendo usada na construção civil para estruturas como telhados, forros, assoalhos, esquadrias e também na fabricação de móveis, esculturas e objetos decorativos.

Na medicina popular, suas folhas e casca são usadas para tratar problemas respiratórios, febre e distúrbios no estômago. Pesquisas mostram que a planta tem compostos com propriedades antitumorais, mas é importante ter cuidado, pois pode ser tóxica e causar efeitos adversos, incluindo aborto em humanos e animais.

 

Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Aspidosperma pyrifolium. s.d. Disponível em: <https://acesse.one/725ZW>. Acesso em: 01 jul. 2025.

ÁRVORES DO BIOMA CERRADO. Aspidosperma pyrifolium Mart. 17 abr. 2017. Disponível em: <https://l1nq.com/SPtC7>. Acesso em: 01 jul. 2025.


PAU-FERRO (Caesalpinia ferrea)


Conhecida popularmente como pau-ferro, jucá ou árvore-leopardo, a Libidibia ferrea chama atenção desde o primeiro olhar. Seu tronco possui uma aparência marmorizada única, com tons claros e manchas escuras que lembram o padrão de pele de um leopardo, daí um de seus nomes em inglês: leopard tree.

A origem de seu nome popular pau-ferro de dá devido ao ser cortada, sua madeira extremamente densa produz um som metálico e até pequenas faíscas, como se fosse ferro de verdade. Esse aspecto sempre intrigou quem trabalha com a espécie, principalmente os marceneiros tradicionais, que relatam a dureza quase inigualável do material. Além de sua beleza e força, a Libidibia ferrea guarda histórias antigas de uso medicinal, sendo considerada pelas comunidades tradicionais como um verdadeiro tesouro do semiárido brasileiro.

Distribuição Geográfica:

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Domínios Fitogeográficos: Caatinga

Espécie Nativa

Tipo de Vegetação:

Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu)




Suas características

A Libidibia ferrea é uma árvore de porte médio a grande, podendo alcançar até 30 metros de altura e apresentar copas amplas de 6 a 12 metros de diâmetro. Seu tronco tem diâmetro médio de 0,5 a 0,8 metros, com casca lisa e descamante, revelando padrões marmorizados que a tornam uma das árvores mais bonitas para arborização urbana.

As folhas são bipinadas, com pequenos folíolos que proporcionam um aspecto delicado, enquanto as flores são pequenas, de cor amarela, reunidas em panículas que florescem principalmente do final do verão até o outono. Por ser uma espécie nativa de ampla distribuição e de grande beleza ornamental, com seu tronco marmorizado que lembra a pele de um leopardo, é frequentemente utilizada na arborização urbana, trazendo beleza às ruas e avenidas.

Usos do Pau-ferro

Na medicina popular, suas cascas, folhas, frutos e raízes são amplamente utilizadas pelas comunidades do semiárido como tratamento natural para diversos problemas de saúde. Entre as principais aplicações medicinais, destacam-se os chás e infusões com propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, antimicrobianas, antioxidantes, além de efeitos antidiabéticos e até mesmo ações analgésicas e antiulcerosas comprovadas em estudos recentes. Essa tradição popular vem sendo reforçada pela ciência, que identifica compostos como flavonoides, taninos e saponinas responsáveis por grande parte de suas atividades terapêuticas.

No setor madeireiro, o pau-ferro é altamente valorizado por sua madeira extremamente densa, resistente e pesada, sendo reconhecida como uma das mais duras das Américas. Essa característica a torna ideal para a fabricação de móveis de alto padrão, pisos nobres, peças de design sofisticadas e instrumentos musicais, especialmente violões e guitarras.

Também possui papel essencial em reflorestamentos e recuperação de áreas degradadas, contribuindo para a melhoria do solo por ser uma leguminosa fixadora de nitrogênio, além de atrair diversas espécies de abelhas nativas por ser altamente melífera, fortalecendo assim os serviços ecossistêmicos locais.

 

Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Libidibia ferrea. s.d. Disponível em: <https://acesse.one/SwKrT>. Acesso em: 01 jul. 2025.

FILHO, Sebastião Salazar Jansem; SILVA, Francisca Karyna Soares da. Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P. Queiroz: uma revisão das atividades biológicas. 2021. Disponível em: <https://downloads.editoracientifica.com.br/articles/250218797.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2025.

AROEIRA (Myracrodruon urundeuva)


A aroeira (Myracrodruon urundeuva), também conhecida como aroeira-do-sertão ou urundeúva, é uma árvore que guarda histórias profundas com o Nordeste brasileiro, para muitos sertanejos ela é simplesmente símbolo de resistência, sendo facilmente reconhecida pela sua copa ampla e tronco reto, de madeira extremamente dura, característica essa que rendeu a fama de madeira “quase indestrutível”, utilizada em mourões de cerca e estruturas de casas que duram gerações inteiras.

Distribuição Geográfica:

Norte (Tocantins)

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Minas Gerais, São Paulo)

Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)

Domínios Fitogeográficos: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica

Espécie Nativa

Tipo de Vegetação: Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Floresta Ciliar, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Decidual.

Suas características

A aroeira é uma árvore caducifólia, ou seja, perde suas folhas durante o período seco, característica adaptativa para o clima semiárido. Pertence à família Anacardiaceae e pode atingir entre 8 e 20 metros de altura, apresentando tronco reto de casca castanho-acinzentada e copa ampla. Suas folhas são compostas, com pequenos folíolos brilhantes e de coloração verde intensa.

As flores são pequenas, esbranquiçadas a amareladas, reunidas em inflorescências terminais que surgem geralmente no final da estação seca ou início das chuvas, atraindo diversas espécies de abelhas e outros polinizadores. Seus frutos, do tipo drupa, têm coloração que varia do verde ao preto quando maduros.

Possui uma notável adaptação ao clima semiárido. Mesmo em solos pobres, desenvolve raízes profundas capazes de acessar lençóis freáticos, mantendo-se verde em períodos prolongados de seca. Além disso, sua casca possui um aroma característico e suave quando cortada, um detalhe bastante conhecido entre marceneiros e agricultores experientes, que associam esse odor à madeira de qualidade superior. No entanto, devido à exploração intensa e desordenada, a espécie está em risco em algumas regiões, reforçando a necessidade de políticas de manejo sustentável e conservação para garantir sua permanência no bioma Caatinga.

Usos da Aroeira

Os usos da aroeira são diversos, refletindo sua relevância socioeconômica e ambiental. Sua madeira, de alta densidade e durabilidade, é amplamente utilizada na construção civil, fabricação de postes, estacas, mourões, cercas e peças de mobiliário, sendo também valorizada na marcenaria de luxo pela resistência natural ao apodrecimento e aos cupins.

Na medicina popular, suas cascas e folhas são utilizadas como anti-inflamatório, cicatrizante e antisséptico natural, no tratamento de feridas, dores musculares e problemas respiratórios. Além disso, ambientalmente, a aroeira é recomendada em projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, incluindo matas ciliares, por contribuir com a biodiversidade local, fornecer sombra e abrigo para a fauna e melhorar a qualidade do solo.

 

Referência:

EMBRAPA. Livro do Nordeste: espécies nativas e cultivadas. 2018. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1103471/1/LivroNordeste766772122018.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2025.

JUAZEIRO (Ziziphus joazeiro)


O juazeiro é uma árvore símbolo do sertão brasileiro, conhecida por sua resistência às longas secas e por permanecer verde durante todo o ano. Seu nome vem do tupi yôasu, que significa “árvore que brota novamente”, fazendo referência à sua capacidade de rebrotar mesmo após ser cortada. Apesar de muitas fontes regionais considerarem o juazeiro como endêmico do Brasil, estudos apontam que ele ocorre também naturalmente em países vizinhos, como Paraguai, Bolívia, Argentina e Honduras.

Distribuição Geográfica:

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul)

Sudeste (Minas Gerais)

Domínios Fitogeográficos: Caatinga

Espécie Nativa

Tipo de Vegetação:

Caatinga

 

Suas características

 Pertencente à família Rhamnaceae, o juazeiro pode atingir até 15 metros de altura, com tronco de casca parda e fissurada. Suas folhas são simples, alternadas, rígidas, com a face superior verde-escura e brilhante, e a inferior esbranquiçada, refletindo a luz solar e ajudando a reduzir a perda de água, uma adaptação essencial para a vida na Caatinga.

As flores do juazeiro são pequenas, de coloração esverdeada ou amarelada, reunidas em inflorescências discretas, que dão origem a frutos globosos do tipo drupa, comestíveis, adocicados quando maduros e muito apreciados por aves, pequenos mamíferos e pela população local.

Suas raízes profundas permitem que alcance lençóis freáticos e se mantenha verde mesmo em longos períodos de estiagem, funcionando como um verdadeiro oásis no sertão.





Usos do Juazeiro

Os usos do juazeiro podem ser variados, na medicina popular, suas cascas e folhas são usadas como anti-inflamatório, cicatrizante e antisséptico bucal, além de ajudar no combate a febres, gripes, tosses e problemas digestivos.

Um fato curioso é que o pó da casca, tradicionalmente utilizado como um pó dental natural, não só limpa os dentes como fortalece as gengivas, tanto que seus princípios ativos serviram de base para o desenvolvimento dos cremes dentais industriais que conhecemos hoje.

Na culinária regional, os frutos do juazeiro são evidenciados por um sabor doce e marcante, sendo consumidos frescos ou transformados em doces, xaropes e bebidas típicas que fazem parte da cultura do sertão. Já no campo, as folhas e ramos podem ser usadas para a forragem para caprinos, ovinos e bovinos durante a seca.

Já a sua madeira, clara e de textura fina, impressiona pela dureza e resistência, sendo amplamente usada na confecção de cabos de ferramentas, pequenas construções rurais e peças artesanais.

 

Referência:

FLORA DO BRASIL – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Ziziphus joazeiro. s.d. Disponível em: <https://l1nk.dev/YKHLS>. Acesso em: 01 jul. 2025.

REFLORA – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Juazeiro. s.d. Disponível em: <https://l1nk.dev/unnOP>. Acesso em: 01 jul. 2025.

CNIP – CADASTRO NACIONAL DE PLANTAS PARA USO MÉDICO E AFINS. Juazeiro. s.d. Disponível em: <http://www.cnip.org.br/PFNMs/juazeiro.html>. Acesso em: 01 jul. 2025.

NEMA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO. Juazeiro. s.d. Disponível em: <https://nema.univasf.edu.br/index.php?page=newspaper&record_id=44>. Acesso em: 01 jul. 2025.

EMBRAPA. Juazeiro: uso e importância no semiárido brasileiro. Circular técnica n. 139. s.d. Disponível em: <https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/313897/1/Circular139.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2025.

sexta-feira, 20 de junho de 2025

TAMARINDO (Tamarindus indica)


O tamarindo é uma árvore milenar que fascina por sua versatilidade e importância cultural ao redor do mundo. Originário da África, mas amplamente cultivado na Ásia e América Latina, o tamarindo é frequentemente chamado de “ouro ácido” devido ao sabor marcante de sua polpa. Uma curiosidade interessante é que suas vagens já foram utilizadas como forma natural de preservação e transporte de alimentos pelos povos antigos. Além disso, o tamarindo é símbolo de resistência, crescendo em climas secos e solos pobres, o que o torna uma planta valiosa para regiões áridas. Em algumas culturas, o tamarindeiro é considerado sagrado e está presente em rituais tradicionais e medicinais.

Distribuição Geográfica:

Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)

Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)

Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)

Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)


Espécie exótica: Nativa da África tropical e oriental

Tipo de Vegetação: Área Antrópica

Suas características 

O tamarindeiro é uma árvore de porte médio a grande, podendo atingir até 25 metros de altura. Possui uma copa densa e arredondada, com folhas compostas, pequenas e sensíveis ao toque. A casca das vagens é marrom-escura, enquanto a polpa interna é uma mistura ácida e doce, rica em açúcares, ácidos orgânicos e minerais essenciais. O tamarindeiro é adaptável a diferentes condições climáticas, preferindo regiões tropicais e subtropicais, e pode se desenvolver em altitudes de até 1.500 metros.

Suas flores são discretas, geralmente amarelas com manchas vermelhas, e dão lugar às vagens alongadas que abrigam as sementes.

O nome tamarindo tem origem no árabe "tamr al-hind", que significa literalmente “tâmara da Índia”, embora a fruta não seja uma tâmara, nem seja nativa da Índia. O nome foi dado devido à semelhança de cor e sabor com as tâmaras, e por ter sido difundido no comércio árabe a partir do subcontinente indiano

Usos do Tamarindo

O tamarindo é amplamente utilizado na culinária mundial, especialmente em pratos tradicionais da Índia, Sudeste Asiático, América Latina e Caribe, onde sua polpa serve de base para molhos, sucos, doces e temperos.

Além do sabor único, a planta também tem papel importante na medicina tradicional, com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e digestivas. Industrialmente, o tamarindo não fica para trás: a extração de compostos da semente tem aplicação na produção de papel, cosméticos e embalagens biodegradáveis. A madeira do tamarindeiro, resistente e durável, é empregada na fabricação de móveis e utensílios, consolidando seu valor econômico e sustentável.

 

Referência:

REFLORA – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Tamarindus indica. s.d. Disponível em: <https://l1nk.dev/ZCVCj>. Acesso em: 01 jul. 2025.

SCIENCEDIRECT. Tamarindus indica. s.d. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-and-biological-sciences/tamarindus-indica>. Acesso em: 01 jul. 2025.