sexta-feira, 20 de junho de 2025

ALGAROBA (Prosopis juliflora)


A algaroba (Prosopis juliflora) é uma árvore presente em grande parte do semiárido brasileiro. Originária do Peru, ela foi introduzida no Brasil em 1942 para combater a desertificação e alimentar o gado durante a seca. Com sua incrível resistência à seca e adaptação ao clima árido, a algaroba se espalhou rapidamente pelo Nordeste, tornando-se uma espécie predominante em algumas áreas da caatinga.


Distribuição Geográfica:

Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)
Sul (Rio Grande do Sul)

Domínios Fitogeográficos: Caatinga

Espécie exótica: Nativa do Peru

Tipo de Vegetação:

Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu)



Suas características

A algaroba é uma leguminosa de porte arbóreo que pode atingir até 18 metros de altura. Suas folhas são compostas e bipinadas, e suas flores amarelas formam inflorescências em espigas cilíndricas. Os frutos são vagens comestíveis, ricas em sacarose, que podem ser consumidas in natura ou processadas para a produção de farinha.

No início da sua chegada ao Nordeste, a algaroba foi vista como a “árvore-salvadora” da região, e não é para menos. Com raízes profundas, ela consegue alcançar a água subterrânea, e suas ramificações espalhadas captam até mesmo as chuvas infrequentes da região. Além disso, ela tem a capacidade de fixar nitrogênio no solo, melhorando sua fertilidade. Essas características tornam a algaroba uma planta ideal para regiões com baixa precipitação pluviométrica, como o semiárido nordestino.

Usos da Algaroba

As vagens da algaroba são amplamente utilizadas como fonte de alimento para caprinos, ovinos e bovinos, sendo especialmente valiosas durante os períodos de estiagem, quando a oferta de pastagem natural é reduzida. Elas possuem alto teor energético devido à presença de açúcares e fibras, além de contribuir para a suplementação alimentar em regiões semiáridas. Por serem palatáveis e nutritivas, ajudam a manter o peso e a saúde do rebanho em épocas de escassez, podendo ser fornecidas tanto in natura quanto trituradas e misturadas à ração convencional.

A farinha de algaroba, obtida a partir da moagem de suas vagens, destaca-se por seu sabor adocicado natural, além de ser rica em açúcares, proteínas, fibras e minerais como cálcio e ferro. Essa farinha pode ser utilizada no preparo de pães, bolos, biscoitos, mingaus, vitaminas e até como espessante em caldos e molhos, agregando valor nutricional às receitas. Além disso, por não conter glúten, é uma alternativa interessante para pessoas celíacas ou que buscam diversificar sua dieta com ingredientes menos convencionais e de alto potencial nutritivo.

 

Referência:

REFLORA – JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO. Consulta pública: Algaroba. s.d. Disponível em: <https://l1nk.dev/9bRVN>. Acesso em: 01 jul. 2025.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO. A algaroba – Prosopis spp.: histórico e usos. s.d. Disponível em: <https://l1nq.com/IklF6>. Acesso em: 01 jul. 2025.


 

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